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SAÚDE DO CORAÇÃO
DR. JOÃO JOAQUIM DE OLIVEIRA
15-05-2018 20:05:13
As relações conjugais se fazem como a química de um bolo ou torta

Numa bela e boa imagem pode-se comparar ou equiparar as relações humanas com as reações fisicoquímicas. E não precisa ser um graduado ou doutorado nas matérias ou ciências químicas ou físicas para assimilar tais preceitos. A vida, os seres vivos são compostos e harmonias de átomos, moléculas e cadeias de carbono, de hidrogênio, cálcio, oxigênio, etc.

Além desses elementos, toda a vida, o corpo humano enfim, é regido por uma cascata de energia. Tanto assim que essas energias, muitas delas, são mensuráveis, documentadas e registradas, nos mínimos aspectos e dimensões. Nesse sentido são exemplos empregados no dia a dia, os exames de eletrocardiograma, o eletrencefalograma, a eletromiografia, entre outros recursos empregados pela medicina.

Quer um exemplo bem vivo e já vivido por todos? A dor. Ela nada mais é do que uma energia nociva (nociceptiva, como é o termo técnico) canalizanda para nosso cérebro.

Nosso cérebro é um dos órgãos mais nobres e mais sensíveis. A dor tanto é uma energia negativa endereçada ao cérebro que bloqueamo-la através da analgesia ou anestesia. O analgésico ou anestésico faz justamente esse papel de antídoto. Ele bloqueia a passagem dessa energia desagradável para os neurônios diferenciados em reconhecer a dor.

Portanto, está aqui o tema por pouco explorado, mas de um papel significativo. Relações humanas em analogia às reações químicas ou fisicoquímicas, como queira. Para mais clareza e fácil equiparação tomemos o exemplo de a confeição de um bolo e o preparo para a vida conjugal. Muito há de semelhante entre esses dois empreendimentos. Em resumo: para o bolo. Os ingredientes são escolhidos a combinar. Farinha de trigo, o açúcar, ovos, leite. Tudo em proporções harmônicas. E o mais importante, o fermento bom e na dose ideal. Todos são reunidos, homogeneizados, batidos, misturados e levados para cocção (forno).

No forno há o tempo certo. Uma vez assado, tem-se ainda o confeito, quando se pode tornar esse bolo mais saboroso, seja com caramelo, com chocolate e outros elementos decorativos e gustativos. Aqui na composição do bolo o quão importante se torna o componente fermento. Ele vai promover uma transformação química. São agentes biológicos, bactérias, leveduras, que atuam aumentando o volume e tamanho final desse apetitoso alimento. O fermento se torna então o alimento mágico e chave nessa produção deliciosa e nutritiva.

No casamento, na vivência conjugal, em qualquer relação amorosa enfim, os participantes pessoas, deveriam seguir as mesmas regras, os mesmos preceitos com as seguintes exigências: fulano está interessado em mim. Eu também estou com interesse nesse fulano. O que nos resta? Averiguar minuciosamente nossos ingredientes. Que virtudes e vícios temos em comum? É possível relevar algum defeito? O que há de mais substancial? Qualidades ou defeitos? Por fim, o amor que vem a ser o fermento das relações conjugais e amorosas. Um sentimento profundo, recíproco, cuidador, zeloso e respeitoso.

A arte de confeitar numa relação afetiva e conjugal consiste nesse perpétuo cuidado e lealdade ao outro. Assim a relação a dois ganha em volume e dimensão. Carinho, colo e aconchego do outro, um porto seguro e sólido eternamente.

Tirantes os bolos, as tortas e tantas outras iguarias, quantas não são as fórmulas químicas em que feitas as equalizações, as proporções corretas, a dosimetria dos elementos químicos têm-se produções magistrais e magníficas. Assim ocorre com os perfumes, os medicamentos de eficácia segura e comprovada.

De outro lado têm-se também aqueles elementos e componentes nocivos e contrários, quando então se produz as toxinas, os venenos, os corrosivos, as bombas, no sentido de gerar ferimentos, dor, ódio, violência e morte.

Quando trazemos essa analogia à esfera e questão das relações amorosas e conjugais, a mesma natureza, os mesmos sucessos ou fracassos podem resultar. Nocividade, rancores, repulsa, antipatias, ódio.

Muitos são os jovens, homens e mulheres, namorados, casais enfim, que entram numa relação sem a observância desses preceitos, dessas regras elementares.

Todo amor, todo afeto, toda relação pessoal no âmbito conjugal necessita de todos os “ingredientes químicos afetivos”, temperados e medidos com doses equivalentes de prudência e razão, com vigilância e discernimento.

Muitos têm sido os desastres, as frustrações, os fracassos, o desamor, o ódio e outras desavenças “(des) amorosas”. Tudo resultado de paixões doentias e perigosas. E nesses termos, para infelicidade delas, mulheres. Muitas delas, ingênuas e, desavisadamente, têm sido vítimas de homens falsos, enganosos e traidores. Alguns vão ao cúmulo de agressores incorrigíveis, torturadores e assassinos de suas companheiras. Isso não pode, não pode! Mil vezes não pode continuar ocorrendo nesse mundo tão rico de comunicação tecnológica. Por que então, não se comunicar e conhecermos melhor nas relações interpessoais, antes de morar juntos, viver juntos, dormir juntos e compartilhar sentimentos e intimidades? Não custa muito.

DR. JOÃO JOAQUIM DE OLIVEIRA é especialista em Medicina Interna e Cardiologia, Assistente do Serviço de Cardiologia e Risco Cirúrgico no Hospital das Clinicas - Faculdade de Medicina / Universidade Federal de Goiás (UFG) - Goiânia-GO; membro Sociedade Brasileira de Cardiologia; e, estudante de Filosofia. Contatos: joaomedicina.ufg@gmail.com. Acesse: www.jjoaquim.blogspot.com.br

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